Com a compra de mais 39 Scania a gás, o Grupo Maroni passa a ter a maior frota de caminhões verde no Brasil e atende clientes que buscam sustentabilidade e reduzir emissões de poluentes
A Scania acaba de anunciar a venda de 39 caminhões a gás para o Grupo Maroni. Portanto, somadas às 11 unidades adquiridas pela transportadora em 2020, trata-se da maior frota de caminhões a gás do Brasil até o momento. Com o negócio, a Scania chega à marca de 150 caminhões a gás vendidos no país.
Segundo a transportadora, a compra faz parte de sua estratégia em busca de operações menos poluentes. Dessa forma, a empresa conclui um ciclo de investimento de R$ 50 milhões.
Porém, esses valores não compreendem apenas a compra de caminhões. Ou seja, incluem ações nas áreas de logística reversa e projetos de reciclagem. Assim como de reaproveitamento de resíduos e treinamento de colaboradores.
No mesmo sentido, a empresa firmou uma parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica. Assim, para compensar suas emissões dos caminhões, plantou cerca de 14 mil mudas de árvores em São Paulo.
Caminhão à gás para negócios mais sustentáveis
Seja como for, os caminhões Scania a gás serão utilizados no transporte de produtos dos segmentos alimentício, de varejo, higiene e limpeza. Bem como de cosméticos e do comércio eletrônico em operações em vários Estados brasileiros.
Assim, parte deles já atua no atendimento a grandes embarcadores. Sobretudo os que têm metas de redução de emissões de poluentes. Ou seja, empresas como B2W, Carrefour, Grupo Big, JBS, L´Oréal, Nestlé e Unilever.
Assim, esses clientes seguem políticas baseadas em ESG. Ou seja, ambientais, sociais e de governança corporativa. Segundo o diretor-operacional do Grupo Maroni, Gustavo Maroni.
De acordo com ele, o número de embarcadores que buscam esse tipo de solução está crescendo. Assim, ele aposta na alta pela demanda por veículos menos poluidores.
“O frete que abre caminhos para a descarbonização tem um valor agregado maior para nossos clientes”, diz o executivo. Segundo ele, essas operações são mais bem remuneradas “direta ou indiretamente”.
Segundo ele, os contratos fixos costumam ter prazos mais longos. “Ou garantem vantagens como prioridade de embarque e desembarque, o que gera redução de custos.”
De acordo com o diretor de vendas de soluções da Scania no Brasil, Silvio Munhoz, está havendo uma mudança importante no mercado. Segundo ele, antes apenas os embarcadores buscavam soluções alternativas ao diesel.
Porém, diz ela, agora as transportadores também passaram a procurar pelo caminhão a gás. Munhoz diz que o Grupo Maroni é um grande exemplo dessa mudança.
Scania à Gás da TransMaroni rodam no SE
Seja como for, a rede de reabastecimento de caminhões a gás no Brasil ainda é pequena. Assim, os Scania do Grupo Maroni vão rodar em locais onde existe um bom número de postos. Ou seja, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Espírito Santo e Santa Catarina.
Segundo Maroni, quanto maior for a rede de abastecimento, melhor. “Assim teremos condições de colocar nossos caminhões para atender outras localidades.”
Nesse sentido, reportagem recente do Estradão mostra ações que estão sendo implementadas. É o caso da parceria entre a Scania e a Comgás. Assim, o objetivo é justamente acelerar e ampliar o desenvolvimento do mercado de gás natural veicular (GNC) e biometano.
Dessa forma, a Comgás está investindo na ampliação da rede de dutos em polos estratégicos. Ou seja, onde há potencial de alta da demanda.
Como resultado, a empresa está mapeando os corredores e rotas com alto fluxo de caminhões. Dessa forma, poderá aumentar o número de pontos de abastecimento de gás natural e biometano. Incialmente, o projeto visa o Estado de São Paulo.
Além disso, o plano prevê a instalação de postos de abastecimento em garagens de frotistas. Bem como de operadoras de ônibus. Da mesma forma, a Comgás pretende oferecer biometano por meio de sua rede de dutos.
Grupo Maroni escolheu o Scania trucado
Os 50 Scania a gás do Grupo Maroni são modelos R 410 com tração 6×2. Os motores, com 410 cv de potência, são de ciclo Otto (igual ao de automóveis) e podem utilizar gás natural, biometano ou a mistura dos combustíveis em qualquer proporção.
Portanto, não se trata de motores a diesel convertidos para queimar gás. Da mesma forma, oferecem tecnologias de última geração.
Como resultado, o desempenho é semelhante ao de um caminhão Scania equivalente movido a diesel. Além disso, esses caminhões são mais silenciosos que os com motor a diesel. Bem como têm todos os dispositivos de segurança relativos ao sistema de gás.
Matéria Oficial Estadão: https://estradao.estadao.com.br/caminhoes/scania-vende-50-caminhoes-a-gas-para-a-transmaroni/